sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

AGRADECIMENTOS DE FIM DE ANO!


Bem, nesse Natal assim como em todos os outros em minha família, todos deram as mãos com o intuito de que cada um falasse o que quisesse, fosse um agradecimento, um pedido, enfim qualquer coisa.

Escutei umas coisas bem bonitas de uma mãe que por muito tempo cometeu muitos "erros" e não cuidou de seus filhos da forma que deveria ter cuidado, e então ela disse que "cada um ama da sua forma"... e ela amava cada um deles de sua maneira. E isso ficou ecoando em minha cabeça e me emocionou bastante. Daí...houve pedidos, reflexões... e eu fiquei morrendo de vontade de falar um monte de coisas: ixe, queria agradecer por ter passado direto na UnB, por ter conhecido tantas pessoas boas e por ter reconhecido as pessoas boas, que tenho em minha vida...queria ter agredecido pelas viagens...pela paz que reinou em minha casa em vista do ano passado... pelo momentos tão doces e tranquilos, por eu está amadurecendo ao lado de uma pessoa em especial que tem me feito bem e tem me inspirado em muitos poemas que nem sempre eu escrevo. Por eu ter formado no inglês, pelas boas notas, pelos tantos planos que renasceram em um corpo que por alguns instantes estava no piloto automático. Agradecer pelos amigos insistentes que me ligam e não me abandonam, mesmo eu sendo esse poço de complexidade. Agradecer pelos meus versos desse ano, que atenderam aos pedidos do meu amigo que um dia disse que queria me ver escrever versos felizes, não mais melancólicos. Agradecer pelas borboletas que estiveram comigo durante todo esse caminho. Agradecer pelo Ipê roxo que plantei e que já está maior que eu, pois o meu crescimento não é visível aos olhos, é percebido no olhar. Agradecer cada sentido que eu vi nas coisas e àquelas pessoas que passaram rápido, mas que marcaram minha vida. Agradecer pelos abraços que recebi na hora certa e pelos que recebi nas horas erradas também. Agradecer pelas cartas que recebi, as mensagens no celular, pelos presentes...pelas aulas de interpretação de contos...de violão...que por sinal não acabei...

Ixe, tanta coisa me veio à cabeça... e eu respirei fundo...

e repentinamente, tomei a palavra, só então percebi o tanto que é difícil ter a atenção das pessoas que a gente ama...enfim, ter a atenção das pessoas...ainda mais eu...uma jovem...o que uma jovem teria a dizer, o que a Lorena teria a dizer, ela nunca diz nada assim, pra todo mundo:

"eu queria agradecer a Deus, porque esse ano foi MARAVILHOSO...e...é isso" ...

e de repente isso foi a única coisa que eu consegui dizer...tudo girava em minha cabeça...e eu travei...depois de tudo preparado...

e depois algumas lágrimas falaram por mim, justo eu que odeio chorar na frente das pessoas...

mas sei lá...foram lágrimas de paz...lágrimas de uma sensação de alma lavada, da sensação que eu tentei fazer o meu melhor nesse fim de ano...tentei corrigir certas crenças que criei em uma outra pessoa que até então não sabia o quanto eu a amava, e o quanto as diferenças nem sempre indicam indiferença. Enfim, quando olhei pro lado, minha madrinha chorava comigo... estávamos de mãos dadas...e então ela disse "somos manteigas derretidas mesmo"...me recordo do meu celular tocando... 00:01 era a tal pessoa especial que me faz bem...e do meu lado direito, minha mãe me perguntando: "por que você está chorando?"... e eu respondi: "Não sei!"... mas no fundo eu sabia!

Um ótimo fim de ano para todos...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mais um poema sem nome...

Ela caminha devagar,
caçando uma nuvem para pisar
e eu fico a espreitar
cada balanço de seu vestido.
Ela colocou uma flor no cabelo
e sem nem olhar no espelho,
saiu para se mostrar.
Há um mês, era moça quieta,
sua janela nunca estava aberta.
E hoje ela vive à observar.
Dizem as velhas da rua
que a moça pediu à lua
alguém para apaixonar.
É que antes ela vivia sozinha,
trancada e tristinha.
Com medo e sempre a desconfiar.
Então descobriu um segredo,
que a vida sempre quis ensinar.
Para amar alguém,
era preciso se amar.
E desde então, ela tem nos olhos...
estrelas a brilhar,
estrelas do mar.
Seu cheiro, lembra melancia doce...
e seu gosto encanta quem consegue provar.
Eis mais uma princesa comum.
Quem disse que as mais belas pessoas são aquelas das novelas?
E ela já não tem mais medo algum
de desfilar pelas ruas rumo à lugar nenhum.
Lorena Natália
.
OBS:.quem puder escutar Roberta Sá...recomendo...as músicas são ótimas e a voz é muito bonita.

sábado, 22 de novembro de 2008

Razão...


E ele me faz ver tantas coisas que eu cega, outrora, não enxergava. Me faz ver poesia em tudo que tem vida e me derrete feito areia que escorrega entre os dedos. Justo eu! A grande expectadora da vida e dos romances alheios. Justo eu, sempre acostumada à aconselhar, me vejo sem conselhos para mim mesma, para freiar esse encantamento. Fico até com medo de parecer boba, porque ter você ao meu lado não me faz pensar em outra coisa, senão, em sorrir feito criança em dia de sol. Ter você por perto é ver estrela cadente e nem ter muito pra pedir, porque aqueles desejos de coração já foram quase todos concretizados. E quem disse que quero algo concreto com vocÊ?! Quero que permaneça essa sensação de sonho até depois de acordada, e que permaneça esse surrealismo maluco e poético de te ter, pra mim, e em mim...como um pedaço novo.

Eu sei que sempre digo que tenho razão, mas é tudo mentira. Não há razão nenhuma no meu olhar, nos meus sorrisos... Na verdade, eu sou é meio boba, e fico fazendo de tudo pra fingir uma razão que disfarce a minha emoção...que disfarce a minha loucura. Mas olhe bem no meu olhar...sabe...aquele brilho que está sempre lá...ele sempre me entrega.

sábado, 15 de novembro de 2008

quem não se apaixonaria por um homem que escrevesse isso?!

PARA UMA MENINA COM UMA FLOR " Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado. E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo. E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro. E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois. E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa. E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor. "Vinicius de Morais

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

dias de chuva...




Que belo o teu sorriso menino...


consegue me guiar.


Que triste o seu cantar com fascínio,


e quero então te abraçar.


Que enigma o teu olhar,


meu declínio...


não consigo decifrar.


E eu quero te amar só um pouco,


pra não ter de vagar.


Então para de me encantar,


você é solto.


Sei que está nesse porto,


logo volta pro teu mar,


feito estrela,


irá brilhar...minha memória...


e eu vou chorar nossa história,


então vou te dar meu amor marcado,


viro a ampulheta....de areia branca.


Cada beijo, cada grão permeia.


Mas meu sangue não estanca...


foge da minha veia,


mas o tempo te desmancha.


E quando ele passar...


meu amor então sobrará,


será apenas uma mancha...


nesse quadro que ainda vou pintar...


e misturado à outras cores,


você irá sumir e se eternizar.
obs1: sei que essa figura não tem nada a ver...mas gostei demais dessa frase do Guimarães Rosa...
obs2:reforçando o quanto eu amo crianças...dia desses eu voltei pra casa toda molhada, depois de pegar muito chuva, um carro passar e jogar água em mim, daí minha vó, minha tia, meu tio e dois priminhos estavam em minha casa, aí eu cheguei e fiz uma piadinha "alguém quer me dar um abraço?...eu estou toda molhada..."...¬¬ninguém quis né...ops...não....minha priminha Dani veio correndo e disse "eu quero, eu quero!"...ohh meu Deus...eu me derreti...só podem ser anjos!

sábado, 8 de novembro de 2008

Não se conforme...

Estou amarrada,
e condicionada aos teus movimentos efêmeros...
talvez até mesmo aprisionada em teus traumas
me vejo como um reflexo de tuas fraquezas...
no quanto dependo das suas vontades,
mas já não as aceito.
Quero as verdades,
que seus olhos não me ousam mostrar,
por medo de eu escapar .
Quero acordar e passar a viver ao invés de sonhar,
dar cores novas ao meu olhar.
Pois que se libertem todos aqueles que veem a liberdade em outras asas.
Estou em busca do novo, do passageiro,
novas estradas, novas casas.
Busco ser eu de verdade,
fugir dessa realidade,
dessa prisão invisível em que você me enclausurou...
me amassou, me desdobrou.
e então vejo o tempo que perdi, querendo te mudar,

pra perceber que não adianta tentar ...
o ser humano não é massinha de modelar...
não dá pra brincar...
melhor nem começar.
O que se pode fazer, é tentar crescer,
sem que isso possa te incomodar.
Larga de ser boba mulher.
Existe um mundo lá fora a te esperar.

sábado, 1 de novembro de 2008

Finalmente uma música para uma Lorena...


Oiiii gente! Tinha uma coisa que eu sempre reclamava que nunca tinha pra mim: Uma música feita para uma Lorena!
Todos conhecem hits como: Ana Júlia, Aline, Camila, Carla, Juliana, Maria, Natasha, Daniela, Fátima....
mas o Lorena...cadê...será mesmo que ninguém ousou fazer...
aí....coisas de quem não tem o que fazer, por sinal, num belo dia em que eu não tinha mais nada para pensar, eu fui num site de letras de músicas, e digitei Lorena, vai que tinha né....e eu nem sabia!rsrs
e tinha mesmo, uma música legal, de Luiz Melodia, que até parece ter sido feita pra mim em algumas partes, principalmente o "boca pequena, tamanho morango"...
uhuu...fiquei feliz....um grande nome do samba, com uma música chamada Lorena: que honra!
eis aqui:
LorenaLuiz MelodiaComposição: luiz melodia/renato piau/mahal
boca pequena, tamanho morango
sua pele não exala anis
esse é o seu dilema
trafegas na lua
outdoor de gente bem
foco você, desfoco na rua
elegância suprema
azarro, alfazema
transitas em mim com leveza
faz-me sentir beleza
é um prazer te ver
começastes a nascer pra várias vidas
beijos, meu capim santo
beijos, meu amor
oh, bonita criatura
eu a tua procura
oh bonita criatura
eu a tua procura
cheque meu ponto
imagine você num flat
enquanto te trago enquetes urbanas
manchetes, em tablóides e tabletes
com sapatos mr. cat
colete da la coaste
calça bag da levi's
camisa social da wollnerum
perfume doce de lavanda oui
revistas científicas e uma caixa de kiwi
pra me satisfazer, rir, talvez nos nutrir
veja que é vil, é sinistro, atingi a bile
e forma quistos
quistos no confiscos dos sem-visto
apreendo a apriscos iços em conflito com ismos
causam sismos, cismam sina
mas somos como gênio hidro, não solstícios
disso eu sou, que acessou
invisto num cienticissimo, diarista em distico
é acético, estético e crítico, não é técnico
chauvinista ou político, nem groucho marx
é repitisco pra tomar com mate
****
que louco né...
bem, mas se você mesmo indo lá procurar, não liga não, escreva meia dúzia dos mais belos versos que puderes, e diga que é sua música, e ninguém poderá discordar...
rsrsrs

domingo, 26 de outubro de 2008

pois é né...

Ah...sei lá...só pra preencher esse espaço em branco...
dizer...nesses últimos dias...tenho ido dormir sempre com um sorriso no rosto...
um pouco de amor...de borboletas rodando descontroladas pela minha cama...
lembranças coloridas...de pedaços iluminados de sorrisos...dos seres amados por esse meu coração...tão unicamente meu...
estou feliz...e está tão bom assim...que nem ligo pras ilusões, pras paranóias de cada dia...
quero ver você assim também!
desejo apenas estrelas e nuvens bem branquinhas no teu céu!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"Não é me dominando assim...que você vai me entender!"


Ontem foi o aniversário da pessoa mais especial desse mundo para mim! Minha mãe... que é para mim uma heroína e que amo demais, e quero sempre trazer muito orgulho, pois boa parte dos meus objetivos tem por finalidade, levar-lhe felicidade. Já que ela tanto merece ser a pessoa mais feliz do mundo e quero que ela seja até muito mais do que desejo para mim mesma. Mãe, eu te amo verdadeiramente....então aproveitei a ocasião para postar um poema que eu considero como o meu primeiro e é muito especial, porque eu...logo a tímida garotinha da quarta série teve que declamá-lo na frente das mães de toda a escola...e eu sentia frio, ou melhor...gelo na barriga, ainda mais porque tive que falar no microfone, mas percebi o olhar de admiração nas pessoas quando eu terminei, e vi orgulho nos olhos da minha mãe e então descobri o poder das palavras...


eis aqui:




Mãe


No coração há um espaço para a felicidade.


Mamãe, você é uma das melhores variedades.


VocÊ que me dá calor.


Que me dá amor.


Que acende uma luz no infinito.


Que clareia os pontos mais escondidos.


E é um dos contos mais bonitos.


É vida, é alegria.


É todos os tesouros de um dia.


Você é a mais linda flor.


Você é mais valiosa que diamante, que ouro


que um enorme tesouro.


Você que nos cuida.


Você que nos ajuda nos momentos mais difíceis.


Se eu pudesse, eu te daria o mundo.


Mas como não tenho tudo isso.


Vou te dar o meu amor, a minha paixão, a minha consideração.


Porque você que vem do fundo do meu coração.


Lorena Natália

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Acorde...você está vivendo aquele sonho!


Ela passou por alguns dias sem a compainha dele...mas ele não era algo assim qualquer....daqueles que a falta, com o tempo, parece normal...e que uma foto já pode curar. Ele é lindo, tem ternura...um sorriso e uma poesia que pra alguns pode não ser muita coisa, mas para ela é cor de pitanga e ele toca a canção mais bela no violão, ainda que esteja desafinado. E o beijo, ah! O beijo...até então, tem sabor de tanta coisa boa junta... e aí, tudo então, parece bonito... e ainda assim...tudo perde o sentido, como disse, Fernando Pessoa:"Porque quem ama nunca sabe o que ama. Nem sabe porque ama, nem o que é amar. Amar é a eterna inocência. E a única inocência, não pensar...".
Ela, então, se perdeu na ausência dele e fugiu de si mesma, tentou virar outra mulher para ver se sua dor a abandonaria, para ver se enganaria os dias vazios de solidão. E uma música então, marcava cada dia, e ela então dizia: "eu...estou pensando em você, pensando em nunca mais....pensar em te esquecer..."(Paulinho Moska)...mas como assim? O que ela queria era esquecer,
era perder cada lembrança dele, fazendo um caminho de volta para casa, mas de que adiantava?...se as cartas ainda estavam guardadas e os versos pareciam tão perversos...que até as palavras doces, ficavam salgadas, pelas lágrimas que ela derramava...
Ia, então, se distraindo...procurando um outro, que também fosse terno, mas pelo caminho que passou, nada encontrou...havia um ou outro viajante, mas nunca tão apaixonante, que a fizesse mudar de destino...
E onde estava ele? Enquanto ela se perdia em uma vida que nem era a sua...e ela disfarçava, mudava de assunto, ficava calada...quando o corpo queria jogar a saudade para fora em um grito...
Ela era como o sol... e ele era a lua...tão longe, e tão perto, mas por serem opostos, eles nunca se encontravam no tempo...estavam sempre em contratempo... A saudade estava presente, causava furacões, causava enchentes....que as vezes os aproximavam...eles, então, se beijavam em silêncio, queriam o fim da agonia, mas com medo da monotonia, viviam intensamente o dia, até que a enchente os levassem para longe de novo... e daí?...se ele estava ali presente na flor, presente na música, presente no programa de tv, presente no livro de filosofia... o que fazer com a unipresença que ele tinha e mantinha em sua vida?
Ela foi vivendo... e convivendo, com o fantasma do medo de nunca mais esquecê-lo, e pior ainda, de perdê-lo...para as marcas inegáveis...de um tempo a passar...
E nesse caminho de volta para casa tropeçou na pedra dos sonhos, caiu, dormiu e sonhou, que reencontrava esse grande amor, e que nem mais lembrava, porquê que dele se separou... e assim ela voltou flutuando, cada passo, que até então, pesava para ser dado... e seguiu o magnetismo do desejo que ele também tinha, de tê-la ao seu lado, nos dias de muita chuva, nos dias de muito sol, e todos os dias que viessem entre estes... e em silêncio profundo, decidiram sonhar juntos... cada beijo, cada sorriso...e em cada dia, um belo verso se desenharia...para no fim criar a poesia, dos amores imperfeitos. Desde então, eles ainda não perceberam, que o sonho em que se meteram, nada mais era do que uma desculpa para a realidade, acordem... vocês estão vivendo aquele sonho...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

LANTERNAS NA ESCURIDÃO...

Esses olhos que brilham....
lanternas na escuridão, e eles me guiam...
aos caminhos do meu próprio coração.
Esses olhos tão ternos, parecem ás vezes, sofrer por alguém
e por muitos invernos, porém...
eles são indiferentes.
Esses olhos tão doces,
remetem à belos sonhos infantis,
mostram o que fostes,
mostram além do que você diz.
Esses olhos que se enchem de lágrimas quentes,
também conseguem sorrir e
conseguem mostrar sem lentes,
coisas que só o coração pode sentir.
E nas profundezas deste olhar, existem montanhas...
abismos profundos e terras entranhas,
quem sabe até outros mundos,
quem sabe o universo inteiro, nele se esconde.
Esses olhos que sobreviverão à holocaustos,
mas que nunca serão exatamente iguais...
e atravessará os muros altos...
de um tempo em vendaval...
poderoso, generoso e traiçoeiro.
Enquanto eu fico aqui a contemplar,
a imagem desses olhos
em um espelho!

domingo, 12 de outubro de 2008

Dia das crianças


Hum...tudo bem, tecnicamente muitas das pessoas que irão ler esse post já deixaram de ser crianças, mas mesmo assim, quero destinar algumas linhas para falar dessa fase que é talvez uma das mais belas...e faço isso, especialmente porque hoje é dia 12 de outubro, dia das crianças!
Enfim, certa vez estava conversando com alguns amigos, na verdade um momento bem nostálgico, onde falávamos de desenhos clássicos infantis: Cavalo de fogo, A caverna do Dragão, Os ursinhos carinhosos, O fantástico mundo de Bob, Doug... e outros tantos que fizeram parte da infância da minha geração... e de repente... uma das pessoas falou que Charles Chaplin tinha uma frase que era mais ou menos assim: "A vida deveria ser ao contrário"... todos ficaram calados por um instante... ficaram pensando nessa frase sem nada a dizer, afinal ela já dizia tudo...
Fiquei pensando, imagina se o último estágio da nossa vida fosse a infância, regada pela nossa ingenuidade, pelos milhares de sonhos, pelo idealismo... e depois de uma vida cansada, o descanso de um fim de tarde, depois de um corpo esgotado de sorrisos e brinacadeiras no gigantesco quintal de uns poucos metros, tomar um banho bem gostoso, assistir desenhos na tv e comer biscoito...seria enfim uma recompensa...
Mas não é assim, e não importa quem criou esse universo pra você, Ele foi sábio, apesar de toda a doçura desse desejo de que a vida fosse ao contrário, existe a sabedoria das coisas como elas são, talvez porque seja realmente necessário, passar pela fase dos sonhos, da inocência... para então não se chocar com a realidade, mas sim tentar moldá-la aos seus próprios ideiais, às suas virtudes... É tentar ver uma solução para as coisas e se ela não existir, tentar criá-la...
As pessoas acham que é bem melhor ser adulto, e que relmente sabem das coisas, mas não percebem que perderam a simplicidade, perderam a empolgação, e de certa forma também perderam a liberdade, porque acredito que liberdade vai muito além dos limites físicos, ela nasce na imaginação, vem de dentro para fora...
Fico triste, porque hoje em dia, a maturidade é cobrada de muitas crianças, que devem fazer um monte de atividades determinadas por seus pais, que projetam nelas o que não puderam ser ou o que eles são, adultizando-as. Ou através das guerras, muitas crianças são obrigadas a perceber a realidade, triste, dos vilões de verdade... nossa, tantas crianças, esmagadas pela guerra de poder, pelo capitalismo, perdem o brilho no olhar... fiquei impressionada quando assiti o filme "O caçador de pipas", quando vi aquele abrigo de crianças onde o personagem principal (ixe, esqueci o nome) procura pelo Sonrab, filho do Hassan... foi marcante ver crianças correndo, de muletas... brincando em meio à um ar de dor e comoção... triste...
mas nem precisamos ir tão longe não, a perda da infância e o fim da magia pode ser percebido em cada cidade, em cada exclusão, no trabalho infantil, na prostituição, outro filme bom é "Anjos do sol"...brasileiro...e aborda muito bem esse aspecto, a pedofilia, os lares desestruturados...
e se você acha que não pode fazer nada por elas, se você acha que não pode ao menos dar-lhes um sorriso, ou entrar em seus mundos, pelo menos tente dar um futuro bom para os seus próprios filhos, ou para as crianças que você convive... não deixe o brilho do mundo se acabe, não concorde com a adultização da humanidade, isso é um erro gravissímo, mas permita que uma criança seja simplesmente uma criança...e quando possível, permita-se voltar a ser uma também!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O fabuloso destino de Lorena Natália



Do que vocÊ tem medo?


O filme "O fabuloso destino de Amelie Poulain" mostra essa questão do medo, de uma maneira tão mágica, tão sutil... A Amelie é uma mulher misteriosa, porquê é introvertida, presa no seu próprio mundo...uma observadora...àS vezes eu me sinto assim também...

sempre observando o mundo, como se ele fosse o meu quintal...

tenho um certo receio de passar pela porta, então me contento em observar...

mas a verdade, é que chega um certo momento na vida, em que a crise existencial pesa forte, e faz com que queiramos destruir a nossa rotina, os velhos hábitos, as velhas crenças...

uma vontade de encontrar um sentido novo para as coisas, de desconsertar o mundo, e consertá-lo para alguém...

e ficamos divididos entre a fuga do que é óbvio, da rotina e o que é novo, a mudança...as loucuras...

algumas pessoas têm medo de se apaixonar...(acho que eu conheço uma assim...). Talvez isso aconteça, porque para quem vive em seu próprio mundo, é muito difícil trazer uma outra pessoa para habitá-lo, parece que tudo vai dar errado, até mesmo antes de começar...e esse medo faz com que elas prefiram seguir na solidão, ainda que isso também as façam sofrer, porquê elas passarão a vida inteira arrependidas por não terem aberto a porta para alguém...

outras pessoas têm medo de serem livres, e vivem escravas de um outro alguém, sem terem nenhuma independÊncia, mesmo quando não são respeitadas como ser humano dotado de sentimentos...é uma escravidão sutil...um medo de se libertar...apesar de elas terem passado a vida inteira com a porta aberta, e terem deixado a primeira pessoa entrar, elas tem medo de sair por essa mesma porta...

existem também aquelas que vivem no lar das ilusões, vivem como se a vida fosse uma festa, e isso apenas...no fundo elas sabem que não é bem assim...que lá fora existe uma realidade que nem sempre é enfeitada por flores...mas ainda assim, insistem no mundinho pequeno.

há também, as pessoas que se conformam com as migalhas. Que não sonham...que apenas sobrevivem, mas não vivem de verdade...

enfim...milhares de perfis poderiam ser delineados aqui, milhares de medos, de amarras, que impedem as pessoas de aproveitarem esse coisa tão curta e ao mesmo tempo tão longa...que insistimos e chamar de vida, mas que pode ter significados múltiplos na vida de cada um...

Temos que tentar enfrentar nossos medos, de sermos livres, de sermos felizes, ainda que sejamos chamados de loucos. E daí...loucos são aqueles que passam a vida sem vivê-la...

Estou tentando melhorar nesse aspecto...e você...o que te faz feliz?

Descubra a sua alegria, mas descubra em você, e não no outro, sua alegria deve vim de dentro...e ser espalhada e contagiar o mundo por meio dos seus atos.

Não devemos ter medo do amor, da liberdade, dos sonhos...
Voltando à Amelie Poulain...não temos ossos de vidro...nós podemos suportar a vida....essa frase sempre faz eco na minha cabeça...talvez ela possa dominar a sua também...sempre que for difícil arriscar...

e eu sei bem que não é fácil...
porém...algumas vezes existe um belo jardim...além da porta!^^

um beijo e muita luz para todos que leram esse texto!



domingo, 28 de setembro de 2008

A menina das flores...


Oh! Menina com vestido de flores...

conte-me dos seus amores,

dos beijos e das cores

que você ousou provar.

Conte-me os seus sonhos,

tudo que você ousou sonhar.

E em teus pés, estas sandálias,

me pergunto: o que será que tiveram que andar?

Olho para a tua boca sem batom,

teus olhos sem cor,

teu cabelo marrom.

E vejo o amor,

aonde me disseram não haver nada mais,

em uma garota encantada pela simplicidade dada pelo tempo.

É que na verdade, quando surge um sentimento,

o coração passa a ver pelos olhos,

e às vezes ele é míope, e não vê as coisas da alma...

mas tenha calma garota...

ame sem trauma...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A mulher sozinha...

Ela ficava sempre ali, sozinha e quietinha parada na janela, contemplando sempre a mesma árvore de Ipê, e vendo o quão interessante era as outras vidas. Não que ela não vivesse, mas ela gostava mesmo era de criar histórias, na verdade ela era muito mais feliz quando dava vida à uma personagem de suas histórias malucas, do que quando tinha que viver a verdade, sem poder controlar seu próximo passo. Ela tinha medo.

E então, todos os dias ela fazia as mesmas coisas, acordava bem cedo e ia trabalhar, fazia seu serviço o melhor que podia, afinal era um tanto perfeccionista, e aí...voltava tarde do trabalho, descia do carro, corria e ligava a tv, e então, contemplava as coisas que não conseguia ver da janela e quando desligava, sempre precisava de uma droga qualquer, para fugir de uma realidade cada vez menos colorida, cada vez mais real, e então ia até a geladeira e pegava a barra de chocolate e devorava incessantemente, como se seu objetivo fosse chegar ao nirvana em cada mordida, ligava o rádio para acentuar a solidão, e assim quem sabe ficar mais triste, porque assim ela conseguia ficar mais criativa...e então se sentava perto da janela para ver as luzes da cidade e imaginar milhares de situações, romances incríveis, com amor de verdade, não esses que vemos por aí. Um amor que ela só consegue em sonhos, e que ela tanto queria que fosse real. Homens maravilhosos, inteligentes e românticos que se descobrem plenamente apaixonados, por uma mulher sem muitas qualidades físicas, mas recheada de sonhos. Sim...ela vive a vida em sonhos, até tarde da noite e então ela percebe que tem que dormir se quiser acordar no outro dia...e ela quer, quer sim...porque descobriu-se feliz e realizada da forma como vive, descobriu os prazeres de sua solidão e suas histórias, descobriu que para ser feliz nem sempre é preciso dispor dos mesmos ingredientes que as outras pessoas.

Às vezes, alguém do mundo real bate à porta, às vezes ela atende, às vezes não, dia desses era um desses caras que ainda insistem em tirá-la do mundo encantado, e ela incrivelmente abriu a porta, e desde então...nunca mais voltou para o mundo real.
.
Lorena Natália

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Uma segunda vida!^^






Eu queria sonhar
todas as noites...

um mesmo
sonho...

...
nele...eu teria
asas bem grandes,

que voariam alto,
sentindo o vento batendo forte e esvoaçando meus
cabelos...

então, eu poderia
ver tudo lá de cima...

e eu sobrevoaria
todos os campos de girassóis...

e à noite...


eu levaria o meu amor para passear...
e para ele...
tentaria desenhar
no céu, tão escuro...

um estrela que
brilhasse bem mais que os meus olhos...

e ela iria nos seguir...


deixando pedacinhos iluminados pelo meu
caminho...

...
e nos dias de primavera...
eu daria carona em minhas asas...
para as borboletas cansadas...
de pousar de flor em flor...
...
e rir até dar dor na barriga...
deitar no gramado...
e ter ao meu lado...
o meu amor...
e no fim daquela tarde bela...
meu olhar desenha o
mundo com aquarela...

e então, faço um céu rosa...meio lilás...
e com minhas
asas...

iria atrás..



de mais lembranças
pra guardar

...
daí...sonharia com
isso todas as noites...

...
e assim...eu teria
duas vidas...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Bem...esse poema meu é meio louco, porquê eu tentei me imaginar como um homem prestes à morrer...e que arrependido de muitas coisas, resolve escrever uma carta para a mulher que ele amava!^^


...


Estou prestes à morrer

minha cara amada.

Então resolvi lhe encrever

as palavras que estavam guardadas

nesse corpo a envelhecer.

Sei que poucas vezes lhe disse,

aquilo que ninguém consegue dizer,

sobre o sentimento que eu sempre tive,

por mais ninguém, só por você...

É que me lembro do jeito que sorri,

como se o mundo não existisse,

e das vezes que não dormi,

vendo o seu sono triste.

Quero que saibas do meu amor,

tão escondido e subentendido.

Queria poder te dar calor,

em todos os dias de frio

e poder segurar sua mão,

em qualquer dia sombrio,

mas logo vou morrer,

e levarei comigo

cada detalhe seu...

quem sabe eu consiga recriá-la!

Lorena Natália

sábado, 30 de agosto de 2008

Poema triste, apesar do sorriso no meu rosto!..=D


Hoje eu não estou triste, mas revirando meus poemas antigos, encontrei esse aqui, gosto dele....sei lá...escrevi em um dia ruim e acho que os melhores versos saem desses momentos de profundo contato com nossa própria alma, com nossas emoções de momento.

tristeza...

manhã vazia,tarde vazia...noite cheia de pensamentos...
nada mais que isso...
olhar as montanhas e não se sentir parte de tudo isso,
as lágrimas querem rolar a cada mísera palavra,
nada parece ser mais importante que aquilo que não é importante...
porque no fundo nada mais existe,
o chão foge aos meus passos,
finjo sorrisos,mas a sinceridade está nos meus olhos,
pra quem quiser ver, já que não consigo disfarçar
e nem tento...minha tristeza está por aí...
escrita nos meus versos,
inscrita nas minhas respostas irônicas,
as vezes ela escapa em beijos ou abraços apertados...
meus sorrisos loucos,revelam a necessidade de fazer o que vale a pena...
preciso de uma caixinha,pra eu depositar minhas tristezas,
as frustrações,as pessoas que sumiram,
me deixaram órfã...
preciso me esconder numa caixinha,que é a única coisa que me cabe nesse momento...

Lorena Natália

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O ônibus...os ipês e outras coisas...




Bem, semestre passado eu começei a fazer uma aula de interpretação de contos, em que o professor, no primeiro dia de aula, disse algo que me chamou muito a atenção: ele disse que era para começarmos à observar tudo que está ao nosso redor com mais atenção, prestar atenção nas folhas caindo, na fisionomia das pessoas, Nas árvores, nos sons....enfim...em tudo. Acho que essa foi a maior lição que aprendi nesse curso.
Hoje, sempre quando estou andando, para e reparo nos pés de Ipê que graças à Deus, estão espalhados por toda a cidAde de Brasília,. digo isso porquê se não fossem eles, acredito que essa cidade de concreto parecia cenário de filme de zumbis, mas não...eles pintam o chão de amarelo, roxo e rosa...e me lembra poesia, das mais belas que existem. Voltarei a falar desses mesmos pés de Ipê em outra postagem, pois eles ainda vão render muito assunto. Na verdaDe, o meu foco, é algo que eu tenho que conviver quase todos os dias à caminho da Universidade: o ônibus.
Sempre que entro nele, é estranho, é como se o meu mundo particular, se encontrasse com vários outros mundo em órbitas diferentes. Olho ao redor, vejo tudo e não enxergo nada: homem que está atrasado, a mulher que acaba de se separar, um ninfomaníaco, um pedreiro, um funcionário público, um estudante (ah...os estudantes....sempre eles), uma garota arrumada para um encontro...e eu...com meus pensamentos. Observo a cobradora e vejo que ela parece um atriz de filme de Hollywood que ainda não foi descoberta, mas que pena, estamos na terra dos filmes de realidade, ela não tem chance, mesmo tendo olhos azuis. Fico pensando o que será que essa mulher pensa enquanto fica sentada em um banco, vendo milhares de rostos simplesmente passarem? Não sei, nem consigo imaginar.
Dessa vez fico feliz, deu para sentar, ao lado de um homem estranho, de blusa vermelha. Sento, tento ler alguma coisa, mas lembro que certa vez me contaram que não é bom ler dentro de um ônibus, pois um homem deslocou a retina e ficou cego por isso...eu nem queria ler mesmo! Entra uma mulher de meia-calça preta, estranho...observo...penso...penso em alguém, alguém que geralmente vem à minha cabeça quando estou no ônibus, penso na minha amiga que fará aniversário, no sol e no anuncio publicitário: EU SOU DE LUA. E VOCÊ?...bem a calhar, porque nessa hora eu começo a pensar em mim também, na verdade tenho pensamentos egoístas às vezes, penso na aula de pífano, de violão... no meu futuro...e no porquê de eu ter que estar ali, e não em casa dormindo, escrevendo...sei lá...encontro uma razão sempre para isso...
A viagem parece eterna, passam carros, o Lago Paranoá, prédios, cachorros passeando com suas "mães"...e ops...logo ali eu desço...levanto...olho discretamente para as pessoas e vejo um homem bem bonito de blusa rosa, é um homem lindo no ônibus...no banco mais alto...minha amiga sempre fala que geralmente vê homens dessa espécie, mas eu nunca "viajo com eles"...hoje aconteceu...ele olha pra mim, ou será uma impressão? Não...ele olhou sim, eu vou para a porta e continuo olhando para ele, com a técnica de visão 180 graus, que vi em um filme... daí percebo que ele é só mais um homem, daqueles que olham pra tua bunda quando você passa...pronto...ficou feio...horroroso, desses aí eu encontro a rodo...quero ver algum que seja capaz de definir uma mulher como algo além de um pedaço de carne e ossos...essa espécie é rara. Desço então, com um sorriso no rosto, pensando no quanto a vida é engraçada, no quanto eu sou louca...deixo lá dentro os meus companheiros de destino, e sigo o meu destino, a minha caminhada. O dia passa...e o ciclo sempre recomeça...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


bem...esses versinhos são para os apaixonados de plantão...tentei traduzir um pouco o intraduzível...

UM JEITO DIFERENTE DE AMAR!!

Queria fazer o tempo parar enquanto converso com você,
simplesmente porque não quero perder o sentido de suas palavras!
Então queria fazer o tempo parar enquanto olho pra você,
porque sempre vejo algo novo,
e sinto medo até de piscar porque sei que assim perderia um instante de sua mudança!!!
Se tivessemos um filme só nosso,
tenho certeza de que seria todo rodado em câmera lenta porque nossos momentos juntos nunca são fáceis de serem compreendidos!
Seria um filme revolucionário, envolvido por uma película de magia!
Eu poderia escrever um livro sobre tudo que sinto por você,
mas acho que seria muito complexo,
seria um excesso de emoções juntas,
que só meu coração entende...nem mesmo minha razão desvendou!
Talvez nem você fosse capaz de entender!!
um dia pretendo fugir de mim mesma,pra ver se encontro novamente a mesma pessoa que eu já fui,
porque depois de você...criou-se um depois de mim...que não sei explicar,
mas sei que às vezes sinto falta....
porque era um pouco menos impulsivo,
e ainda que não pareça...um pouco menos sentimental!!
Meu mundo dá giros frequentes,alterno emoções e sentimentos,
que acho que são só meus...e não compartilharia com ninguém...
é como um vício,
do qual preciso da minha dose letal todas as manhãs...
em todos os sonhos que tenho...
sei que talvez você fique no meu passado...como um pôster na parede do meu quarto...
e ainda assim não me libertarei...
porque já dei seu nome a uma estrela...
tenho um espelho com seu rosto...
fiz uma música com seu silêncio...
se você me pedir pra sair eu saio,
mas tenho certeza que marquei sua vida pra sempre,tenho certeza de que não fui mais uma pessoa...
e que você nunca vai encontrar alguém que te confunda tanto quanto eu...alguém que te faça pensar tanto como eu,
alguém que você nunca compreenda quanto eu,
alguém que seja tão misteriosa quanto eu
e sei que isso tudo parece bem ruim,mas tenho certeza de que em um momento da sua vida, você irá se arrepender...
de ter trocado um momento de magia,por uma eternidade previsível ao lado de outra pessoa qualquer!!


Lorena Natália

terça-feira, 26 de agosto de 2008



Uma Historinha...

Havia um reino encantado, onde tudo era cantado pelas musiquinhas que tocavam no rádio, havia uma princesa inocente, cuja inocência ia se perdendo com o tempo.Essa princesa era diferente, não era tão bela quanto aquelas que contam pra gente, mas nos seus olhos havia um brilho, que ela usava discretamente.Quando garotinha vivia a fantasia, sonhava que um dia...as coisas permanecessem belas... brincava com as flores, com os amigas, com os fins de tarde... em seu mundinho pequeno as coisas pareciam tão encantadas e as músicas cantadas não tinham estilo, apenas palavras... o rei era seu herói. a quem ela creditava perfeição, a rainha era um anjo, uma voz terna, outra perfeição.O tempo foi passando, sonhos foram morrendo e outros foram chegando, tudo aos poucos, todos como a brisa... época bela em que ela não se importava muito com os problemas desse mundo... e o pequeno reino crescia, alguém chegava, alguém partia...e em cada despedida, um pedaço de seu coração se perdia... ela aos poucos percebeu o mundo, percebeu que havia algo além das altas montanhas que cercavam seu pequeno reino e ela teve medo, muito medo das coisas que vivia, das tristezas que sentia, da solidão que invadia, descobriu também que em seu próprio reino, o rei não não era perfeito e que a rainha tinha lá seus defeitos, e amargamente aprendeu a amar as pessoas também por suas fraquezas.Mas não houve apenas frustrações, houve também emoções, magia e sonhos.Surgiram amigos, que nem mesmo a distância os impedem de serem eternos e que proporcionam ou proporcionaram lembranças que valem mais que qualquer coroa de diamantes de seu mundo.As brigas engraçadas, as conversas leves como o voar das borboletas...e os sonhos estavam lá, ás vezes compartilhados, ás vezes guardados a sete chaves...eles mudam com o tempo, com as experiências, com as novas cores...ás vezes essa princesa fica triste, muito triste, porque sua vida nem sempre é fácil, mas isso faz ela ver alegria em qualquer barulinho de rio, qualquer conversa ao fim do dia, qualquer filme com os amigos, qualquer ipê florido...e as experiências, quer sejam boas, quer sejam más, trazem sabedoria...ela então descobriu o valor da família(uma das posses mais sublimes), dos amigos, das lembranças, do agora, dos sonhos e até do dinheiro.Hoje, essa princesa, como toda leonina, aspira um título que já lhe pertence desde quando nasceu: rainha: quer realizar os sonhos, expandir seu reinado (agora sem medo), se apaixonar quantas vezes for necessário até encontrar o bravo guerreiro que merecerá ser o rei de seu reinado, e errar, e acertar...aprender sempre mais, sorrir, chorar... se amar ainda mais...ela agora está aprendendo certas coisas, destruindo certas ilusões, libertando-se do cárcere das emoções, refazendo planos e enfrentando um crise existencial básica...tentando descobrir qual o problema com sua saúde frágil, já que nesse conto ninguém é imortal, aprendendo a aceitar sua timidez e a ver a introspecção como um sinal de sabedoria, e que não a impede de lutar pelos seus sonhos! Ás vezes ela deseja voltar para Saturno(risos!!) , seu planeta natal, pois aqui as pessoas estão muito egoístas, e acham as submissões normais.Ainda existem muitas palavras a serem escritas, muitos poemas a serem criados por essa princesa imperfeita, nesse conto de fada incomum,onde o céu é roxo, a princesa nem sempre é boa, nem sempre está bela...
to be continued until the day I die...